segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hoc Post Hoc, Sed Non Propter Hoc.

ás vezes digo por bricadeira que já vivi muito. coitado de mim. mas tive a sorte de, em várias circusntâncias da vida, me ter cruzado com gente que, para o bem e para o mal, me ensinaram muitas coisas valiosas, que me ajudam ainda hoje.

Ainda hoje de manhã me lembrei de uma, que partilho convosco:

Um certo dia em Lisboa, nos meus tempos de militar, estava naqueles dias «não»: e, de súbito, numa certa tarefa, descubro que estavam a tentar prejudicar-me, de modo a obter benefícios proprios. ou dito de outra forma, tinham empurrado trabalho para mim, sem que eu soubesse ou estivesse minimamente a contar, e sem possibilidades de evitar. ao meu bom estilo, nada disse, mas por todos os meus poros se viam sair as cinzas de um vulcão.

passado pouco tempo, estava eu já a terminar essa súbita «tarefa adicional», o meu chefe, um sargento já em fim de carreira, veio-me chamar a atenção de algo que eu tinha deixado por terminar.
Não explodi. mas faltou pouco. mas, mesmo esquecendo a diferença hierárquica, tratei-o como se tudo o que me acontecesse fosse culpa dele.

Quando já estava a rebentar pelas costuras com a discussão ele disse-me isto, que faço por não esquecer:

«os problemas têm força magnética. quando estiveres com um, toma muito cuidado contigo e com quem está à tua volta. Senão, a um problema juntas outros. e tu, chateado, de certeza que não queres arranjar ainda mais chatices.»

Serviu-me por muitas vezes. ás vezes temos problemas, e achamos que por essa razão temos o direito a contaminar os outros com o nosso mau-humor. por vezes, imersos no nosso aborrecimento, tratamos os outros de tal forma que, acabamos arranjando ainda mais chatices com eles.

Por outro lado, as vezes temos chatices com alguém, e com toda a razão. não temos culpa de os outros estarem chateados. mas como diz a velha frase «no dia em que não te disser olá, será o dia em que mais preciso que mo digas».

Não percebemos sempre o que se passa à nossa volta. nem ninguém nos pode garantir que haja uma razão plausível para tudo. o certo é, porém, que há coisas que acontecem, e havendo razão ou não, devemos fazer-lhes face com algum estoicismo. Deixemo-nos trabalhar pelas dificuldades que nos aparecem...sem contudo nos deixarmos moldar por elas. aprendamos, sem nos deixarmos absorver.






MAS ÁS VEZES NÃO É FÁCIL...


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ele há coisas...

Há coisas que nos chateiam solenemente. uma delas é quando temos consciência de faltar aos compromissos! se é que actualizar um blog se pode chamar compromisso...
mas bem, cá estou. talvez agora venha por cá mais vezes, para espairecer. que isto de andar tantos dias sem tabaco ao fim de vários anos ainda me dá as voltas ao miolo... não é fácil.
mas estes dias, como ando mais sensível em termos de paciência, deu para me aperceber de certas coisas a que, numa situação normal, não daria tanta importância. e essas coisas são os pormenores comunicativos que acabam sendo fulcrais na relação entre as pessoas. ele há o que se diz, a maneira como se diz, a altura em que se diz, a pessoa a quem se diz...
num momento como o que atravesso, ando no fio da navalha... nelas todas. Haja paciência. para mim... e para os outros, que aqui ninguém é perfeito.